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quarta-feira, 8 de julho de 2020

Movimento Servir Benfica, prepara candidatura às eleições.

Novo movimento promete candidatura às próximas eleições do Benfica

O movimento 'Servir o Benfica', formado em setembro de 2013, assumiu que até outubro irá apresentar um projeto para o clube.

"Até Outubro iremos apresentar o nosso projecto para um Sport Lisboa e Benfica mais vitorioso desportivamente, com ambição europeia e que honre a sua tradição democrática, promovendo o associativismo e a participação dos seus associados nas decisões fundamentais. Um clube que será sempre dos sócios. A bela canção "Benfica é Nosso, Benfica é Nosso, Benfica é nosso e há-de ser, Benfica é Nosso até morrer" tem, e terá sempre, uma razão de ser", afirma o movimento, sem revelar os nomes e os rostos que o suportam.

Leia o comunicado na íntegra:

COMO NASCEMOS

O movimento teve a sua génese no dia 27 de Setembro de 2013 numa Assembleia Geral do clube marcada por episódios pouco dignificantes, nomeadamente a tentativa do Presidente da Mesa da Assembleia Geral em exercício na altura impedir diversos associados de exercer o seu direito à palavra, elementar direito consagrado nos Estatutos do Sport Lisboa e Benfica.

Nesse momento, muitos dos associados que compõem este movimento consideraram essencial estar vigilantes e reunir periodicamente para analisar a gestão do clube, de forma crítica, séria e imparcial.

Passados quase sete anos, reconhecemos os méritos na profissionalização de todo o universo Sport Lisboa e Benfica; reconhecemos o crescimento do negócio, a redução do endividamento e a modernização do clube; reconhecemos o esforço efectuado em aumentar a qualidade competitiva da principal equipa de futebol e o excelente trabalho que tem sido feito no Seixal pela actual Direcção de Luís Filipe Vieira.

Por outro lado, não podemos ignorar a incapacidade de aproveitar um contexto favorável para consolidar uma hegemonia desportiva no futebol profissional, sendo incompreensível a forma como perdemos a oportunidade de conquistar um Pentacampeonato, parecendo inclusive – pela catástrofe que foi o planeamento desportivo dessa época – que a Direcção se conformou com uma derrota "por falta de comparência". Foi também uma época marcada pela pior prestação desportiva em toda a História europeia do clube, o que galvanizou a reacção dos adversários internos.

Esperava-se que essa época tivesse servido para corrigir os erros, mas tal não sucedeu. Infelizmente, constatámos que apesar de termos dois rivais internos com conhecidos problemas – sejam financeiros, sejam de estabilidade institucional – pouco ou nada foi corrigido. Além da componente do futebol, nas modalidades também existe muito sobre o que reflectir, sendo evidente a incapacidade de contrariar o domínio de outros nas modalidades de andebol, futsal e hóquei em patins.

Não podemos ainda deixar passar em branco o que tem sucedido em algumas das Assembleias Gerais, nomeadamente na de Setembro de 2019. É incompreensível que passado quase um ano, o Presidente em exercício não tenha dado uma justificação aos sócios do clube. É inadmissível que nenhum dos outros órgãos – Mesa da Assembleia Geral e Conselho Fiscal – se pronunciem sobre casos que contrariam os nossos valores. Ser Presidente do Sport Lisboa e Benfica acarreta respeitar a herança daqueles que honraram, em exercício, esse cargo.

Também nos preocupa a falta de comunicação e transparência em assuntos vitais do clube, como sucedeu, por exemplo, com a Oferta Pública de Aquisição (OPA), em que os associados pura e simplesmente foram ignorados, não tendo sido auscultados ou sequer recebido uma clarificação sobre o objectivo dessa operação. Uma operação que, colateralmente, iria permitir a um núcleo restrito de accionistas, com ligações flagrantes a actuais dirigentes, obter um retorno muito significativo sobre o investimento que tinham efetuado na aquisição de acções da Benfica, SAD.

Por fim, os inúmeros processos judiciais que hoje assolam o clube – continuando nós a querer acreditar que as linhas vermelhas do Benfiquismo não foram pisadas – têm, ainda assim, desgastado institucionalmente o Sport Lisboa e Benfica. Até pela ausência de uma auditoria que clarifique a lisura de procedimentos, chegou agora a hora de uma nova liderança - com competência, rigor, ambição e muito Benfiquismo - assumir os destinos do clube e as suas responsabilidades.

O QUE QUEREMOS

Queremos aquilo que todos os associados e adeptos do clube ambicionam:

Um Sport Lisboa e Benfica verdadeiramente hegemónico em Portugal, exclusivamente focado naquilo que realmente interessa aos Benfiquistas: o sucesso desportivo, instrumentalizando o resto e, consequentemente, vencendo mais que todos os outros juntos, fazendo jus ao seu passado.

Recordemos:

Nas primeiras 10 edições (1944) do campeonato: 5 títulos ganhos / 50 % de sucesso;

Nas primeiras 40 edições (1974) do campeonato: 20 títulos ganhos / 50 % de sucesso;

Nas primeiras 50 edições (1984) do campeonato: 26 títulos ganhos / 52 % de sucesso;

Nas primeiras 60 edições (1994) do campeonato: 30 títulos ganhos / 50 % de sucesso.

É este o patamar mínimo que temos que alcançar.

Em 2004, na 70ª edição da prova tínhamos 42,8 % de sucesso. 10 anos depois o nosso sucesso ficou-se, percentualmente, pelos 41,25 %.

Vencer mais que todos os nossos adversários juntos, em Portugal, dentro de princípios de racionalidade económica, tem, naturalmente, que ser uma regra; um objetivo estratégico e não uma excepção. Um clube que tem uma massa adepta incomparável em número e em paixão tem de mostrá-lo dentro do campo. Taxativamente.

Queremos um Sport Lisboa e Benfica que honre a sua História Europeia.

Quando vencemos a Taça Latina ou as duas Taças dos Campeões Europeus, poucos acreditavam que um clube de um país periférico, pobre, e sem grande expressão futebolística, fosse capaz de vencer esses troféus, mas o Sport Lisboa e Benfica demonstrou que era possível ser David em terras de Golias. Hoje, quando Portugal é um país mais desenvolvido, mais capaz, e onde a paixão pelo futebol é enorme, querem convencer-nos que não é possível ambicionar ser um David em terras de Golias?

Queremos um Sport Lisboa e Benfica que seja fiel à sua matriz democrática e à promoção do associativismo. O associativismo é a base fundamental na História do clube e o seu incentivo e crescimento são essenciais para o futuro. Só um clube com um maior nível de participação dos seus associados pode almejar a feitos maiores do que aqueles que já alcançou na sua História.

Queremos um Sport Lisboa e Benfica corajoso, audaz, lutador, que defenda a sua imagem e a dos benfiquistas perante os ataques que, de "fora do campo", lhe são dirigidos e que assuma, definitivamente, a iniciativa de vencer, também, esse complexo desafio.

Queremos um clube mais coeso, com um núcleo de valores identitário, em que qualquer benfiquista se reveja, que impulsione a mobilização de todos no apoio a tudo o que é Benfica!

O QUE IREMOS FAZER

Até Outubro iremos apresentar o nosso projecto para um Sport Lisboa e Benfica mais vitorioso desportivamente, com ambição europeia e que honre a sua tradição democrática, promovendo o associativismo e a participação dos seus associados nas decisões fundamentais. Um clube que será sempre dos sócios. A bela canção "Benfica é Nosso, Benfica é Nosso, Benfica é nosso e há-de ser, Benfica é Nosso até morrer" tem, e terá sempre, uma razão de ser.

Congratulamo-nos desde já pelo aparecimento de mais candidaturas às eleições do Sport Lisboa e Benfica. Debater e discutir o futuro do clube nunca é demais e, por isso, estamos disponíveis para todos os debates com todas as outras candidaturas, sejam eles na Televisão ou na Rádio, lançando aqui o repto que, Honrando o Benfiquismo, as Casas do Benfica e a Benfica TV sejam os locais privilegiados para a realização desses debates. Não honrará o património que herdámos nestes 116 anos de um clube ímpar quem se recusar a debater.

Isso seria, e será, defraudar a História do clube e o universo Benfiquista.

Esperamos também que o processo eleitoral esteja à altura dos pergaminhos Históricos do clube, sendo fundamental que, para o vencedor o ser sem qualquer mácula, a Mesa da Assembleia Geral providencie um processo em suporte físico, certificador do voto electrónico.

Saberemos respeitar os resultados do processo eleitoral, sabendo que de muitos só interessa UM: o Sport Lisboa e Benfica.

QUEM SOMOS

Somos sócios do Sport Lisboa e Benfica – isso, por si só, é condição inequívoca de estarmos em condições de concorrer às eleições, garantindo desde já que preenchemos os requisitos impostos pelos estatutos do clube. No seio do nosso movimento estão dezenas de associados, muitos que no local e sede própria - as Assembleias Gerais do Clube - por diversas vezes usaram do seu direito à palavra. Sócios que acompanham as equipas de futebol ou das modalidades por esse país fora e que discutem e vivem o clube todos os dias de forma dedicada e apaixonada. Neste movimento não acreditamos em nenhum 'Dom Sebastião do Benfiquismo', mas sim na soma de cada um dos associados que compõem este movimento e de outros que queiram juntar-se para a formação de um colectivo forte.

Foi assim que, por exemplo, com o contributo de inúmeros sócios e adeptos anónimos, construímos em 1954 um Estádio ímpar a nível mundial. Por que razão deveria outro empreendimento marcante da vida do clube estar apenas ao alcance de um ou dois predestinados?

É nossa visão construir um clube gerido com competência, dedicação, paixão e ambição para concretizar a sua principal missão: VENCER.

Finalmente, entendemos a curiosidade dos muitos Benfiquistas que querem conhecer os rostos por detrás deste movimento, mas, neste momento, o foco deve estar concentrado na equipa principal de futebol: existe um campeonato e uma Taça de Portugal por disputar. Na nossa História o jogo mais importante é sempre o próximo. Posto isto, é imperativo não abdicar de lutar pelo campeonato, honrando SEMPRE aqueles que nos honraram (tanto!) no passado.

VAMOS TODOS SERVIR O BENFICA! VIVA O BENFICA!