quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Benfica volta a golear.


A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD comunicou nesta quarta-feira, 9 de setembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o Relatório e Contas anual do exercício de 2019/20. O resultado líquido do período ascende a 41,7 milhões de euros. 

Este resultado fica próximo do melhor resultado de sempre da Sociedade, correspondendo a uma melhoria de 48,7% face ao período homólogo e tratando-se do sétimo exercício consecutivo em que a Benfica SAD termina o ano com lucro.

Já o resultado operacional atinge os 54 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 65,5% face ao período homólogo, tendo sido impulsionado no presente exercício pelas mais-valias com alienações de direitos de atletas.

Por sua vez, os rendimentos operacionais (excluindo transações de direitos de atletas) ascendem a 140 milhões de euros, o que equivale a um decréscimo de 3,8% face ao período homólogo, sendo de destacar os impactos negativos associados à COVID-19.

Quanto aos rendimentos com transações de direitos de atletas, estes correspondem a 145,2 milhões de euros, o que representa um crescimento de 58,9% face aos 91,4 milhões de euros alcançados no período homólogo, sendo de destacar o contributo da transferência do jogador João Félix.

Os rendimentos totais ascendem a 294,4 milhões de euros, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre alcançado pela Sociedade, ultrapassando o anterior máximo alcançado no período homólogo, relativamente ao qual apresenta um crescimento de 20,5%.

ativo atinge os 487,1 milhões de euros no final do exercício, o que corresponde a um aumento de 0,7% face ao final do exercício anterior, tendo-se verificado um crescimento constante do valor do ativo nos últimos cinco exercícios. 

passivo teve uma diminuição de 38,7 milhões de euros durante o exercício de 2019/20, o que equivale a um decréscimo de 10,6% face ao período homólogo, sendo de realçar que se trata do recuo mais acentuado dos últimos exercícios, permitindo reforçar a tendência de diminuição progressiva que o passivo vinha a apresentar. Esta variação é essencialmente justificada pela diminuição verificada nas rubricas de empréstimos obtidos, que sofreu uma diminuição de 47,3 milhões de euros no decorrer do presente exercício, o que representa um decréscimo de 32,5% face ao período homólogo, tendo a Sociedade realizado um esforço significativo no reembolso das suas linhas de financiamento.

OUTROS DESTAQUES

  • O valor da dívida líquida ascende a 92,8 milhões de euros no final do exercício de 2019/20, tendo atingido o ponto mais baixo da década, no qual ficou pela primeira vez abaixo da fasquia dos 100 milhões de euros;

  • A dívida líquida decresce pelo sexto exercício consecutivo, tendo passado de um montante de 255,3 milhões de euros em 30 de junho de 2014 para os 92,8 milhões de euros que apresenta no final do período em análise. Esta evolução representa uma diminuição de 162,5 milhões de euros, ou seja, um decréscimo de 63,7% e um recuo médio anual de 15,5%;

  • O capital próprio ascende a 161,1 milhões de euros a 30 de junho de 2020, o que representa o valor mais elevado de sempre alcançado pela Sociedade, culminando um exercício com uma variação positiva de 41,9 milhões de euros face ao período homólogo e correspondendo ao sétimo ano consecutivo em que o capital próprio apresenta uma melhoria;

  • De realçar que a partir de 30 de junho de 2013, altura em que o valor do capital próprio atingiu o seu valor mais baixo, a Sociedade consegui inverter a tendência e, no decurso dos últimos sete exercícios, o valor acumulado da recuperação do capital próprio da Benfica SAD já ultrapassa os 185 milhões de euros